Confesso que nos últimos dias dei por mim um pouco desorientada, a ter alguns momentos de nostalgia. Tenho muito tempo livre, o que por um lado é bom por outro nem tanto…
Cá em casa perguntam-me várias vezes se estou bem, se sinto falta {mi manchi} da minha família e amigos, eu digo-lhes que estou bem, sei que vou estar aqui um ano e vou ter tempo de estar em Portugal, como tal quero tentar aproveitar ao máximo. Normalmente quando as pessoas “daí” falam em saudades fujo um pouco do tema, pois fico mais “vulnerável”, e como a Francisca diz; “Irmo-nos a baixo é fácil, mas depois “levantarmo-nos” é complicado.”, como tal tento não pensar no que “deixei”.
Mas a verdade é que tenho reparado que “aquilo a que fujo” é também “aquilo que procuro”, pois quando me apercebo que há pessoas que, por enquanto, lhes custa a minha ausência, apesar de por vezes ficar com o coração um pouco mais apertado e com os olhos a brilhar, “conforta-me” sabe-lo {desculpem o meu lado egoísta}. Se alguém me diz ou demonstra que sente saudades, é porque apesar da distância e de vidas distintas, aquilo que nos une continua vivo.
Nunca gostei de sentir saudades, sentia uma angústia que não há palavras para explicar, mas hoje curiosamente é a esse sentimento que me “agarro” para ter “forças” para estar aqui. O meu “lema” de vida é a forma como olhamos para ela, e hoje a saudade vem acompanhada… por um sorriso.
Sim… sinto saudades… mas sinto ainda mais vontade de viver, aprender, conhecer.
Só há uma coisa com que eu não sei lidar muito bem, e já sabia que ia ser assim; com a minha sobrinha a minha piolha. Lembro-me que quando ficava em Coimbra ao fim-de-semana tinha receio que ela se esquecesse de quem eu era, do quanto ela crescia e desenvolvia em duas semanas, agora as semanas multiplicaram-se, e eu sei que estou a perder algo que não vou puder recuperar.
No último fim-de-semana antes de vir, tinha dentro da minha mala o dicionário de italiano, quando entrei na sala ela estava sentada no sofá a brincar com ele, como se tivesse a lê-lo, sorri, tirei-lhe uma foto, foto essa que tenho no meu ambiente de trabalho, olhar para o seu sorriso faz-me por vezes ficar com os olhos húmidos, mas o facto dela estar com o dicionário de Italiano na mão é como se tivesse a dizer “Força tia”. E sorrio.
Apesar de estar a gostar de estar aqui, sentia que faltava “qualquer coisa”; o espírito de erasmus.
Por isso foi com entusiasmo {como se era de esperar} que fui ao 1º encontro de erasmus.
Aqui há vários voluntários no departamento de erasmus, estudantes e ex-estudantes, ouvi-os a falar {como vivo com italianas até percebi quase tudo}, são super simpáticos e divertidos, e aos poucos e poucos comecei a ver nelas um pouco do “espírito de um estudante de erasmus”.
Nesse dia {quinta-feira} tínhamos a “1º festa de erasmus”, sexta-feira o rally tascas, sábado uma festa na discoteca “Positiva” onde os erasmus tinham que ir de branco, terça-feira seguinte a festa da sangria {por aquilo que percebi compramos sangria ao preço de água}. Durante o ano vai havendo “festas” temáticas e actividades como por exemplo cada um cozinhar um prato típico do seu país.
Agora vem a parte melhor, o programa oficial; no próximo fim-de-semana temos a nossa primeira viagem a Siena e a São Gimiano, dois dias com actividades, e como somos erasmus pagamos por todo o fim-de-semana 65€ {como é obvio já me inscrevi}. Em Novembro teremos uma viagem a Roma por quatro dias, no inicio do ano temos um fim-de-semana numa estancia de Sky com todos os estudantes de Erasmus de Itália, em Abril há uma viagem à província de Parma, em Maio vamos a Naples e a Cecília por cinco dias, para “finalizar” o ano em Junho temos a “Maratona della Birra” com todos os estudantes de erasmus de Itália num local ainda a definir.
Cá em casa perguntam-me várias vezes se estou bem, se sinto falta {mi manchi} da minha família e amigos, eu digo-lhes que estou bem, sei que vou estar aqui um ano e vou ter tempo de estar em Portugal, como tal quero tentar aproveitar ao máximo. Normalmente quando as pessoas “daí” falam em saudades fujo um pouco do tema, pois fico mais “vulnerável”, e como a Francisca diz; “Irmo-nos a baixo é fácil, mas depois “levantarmo-nos” é complicado.”, como tal tento não pensar no que “deixei”.
Mas a verdade é que tenho reparado que “aquilo a que fujo” é também “aquilo que procuro”, pois quando me apercebo que há pessoas que, por enquanto, lhes custa a minha ausência, apesar de por vezes ficar com o coração um pouco mais apertado e com os olhos a brilhar, “conforta-me” sabe-lo {desculpem o meu lado egoísta}. Se alguém me diz ou demonstra que sente saudades, é porque apesar da distância e de vidas distintas, aquilo que nos une continua vivo.
Nunca gostei de sentir saudades, sentia uma angústia que não há palavras para explicar, mas hoje curiosamente é a esse sentimento que me “agarro” para ter “forças” para estar aqui. O meu “lema” de vida é a forma como olhamos para ela, e hoje a saudade vem acompanhada… por um sorriso.
Sim… sinto saudades… mas sinto ainda mais vontade de viver, aprender, conhecer.
Só há uma coisa com que eu não sei lidar muito bem, e já sabia que ia ser assim; com a minha sobrinha a minha piolha. Lembro-me que quando ficava em Coimbra ao fim-de-semana tinha receio que ela se esquecesse de quem eu era, do quanto ela crescia e desenvolvia em duas semanas, agora as semanas multiplicaram-se, e eu sei que estou a perder algo que não vou puder recuperar.
No último fim-de-semana antes de vir, tinha dentro da minha mala o dicionário de italiano, quando entrei na sala ela estava sentada no sofá a brincar com ele, como se tivesse a lê-lo, sorri, tirei-lhe uma foto, foto essa que tenho no meu ambiente de trabalho, olhar para o seu sorriso faz-me por vezes ficar com os olhos húmidos, mas o facto dela estar com o dicionário de Italiano na mão é como se tivesse a dizer “Força tia”. E sorrio.
Apesar de estar a gostar de estar aqui, sentia que faltava “qualquer coisa”; o espírito de erasmus.
Por isso foi com entusiasmo {como se era de esperar} que fui ao 1º encontro de erasmus.
Aqui há vários voluntários no departamento de erasmus, estudantes e ex-estudantes, ouvi-os a falar {como vivo com italianas até percebi quase tudo}, são super simpáticos e divertidos, e aos poucos e poucos comecei a ver nelas um pouco do “espírito de um estudante de erasmus”.
Nesse dia {quinta-feira} tínhamos a “1º festa de erasmus”, sexta-feira o rally tascas, sábado uma festa na discoteca “Positiva” onde os erasmus tinham que ir de branco, terça-feira seguinte a festa da sangria {por aquilo que percebi compramos sangria ao preço de água}. Durante o ano vai havendo “festas” temáticas e actividades como por exemplo cada um cozinhar um prato típico do seu país.
Agora vem a parte melhor, o programa oficial; no próximo fim-de-semana temos a nossa primeira viagem a Siena e a São Gimiano, dois dias com actividades, e como somos erasmus pagamos por todo o fim-de-semana 65€ {como é obvio já me inscrevi}. Em Novembro teremos uma viagem a Roma por quatro dias, no inicio do ano temos um fim-de-semana numa estancia de Sky com todos os estudantes de Erasmus de Itália, em Abril há uma viagem à província de Parma, em Maio vamos a Naples e a Cecília por cinco dias, para “finalizar” o ano em Junho temos a “Maratona della Birra” com todos os estudantes de erasmus de Itália num local ainda a definir.
Quando vi o programa acompanhado por fotografias do ano passado só me apeteceu dar saltos!!! A emoção foi tanta que pensei que a apresentação já tinha acabado e comecei a bater palmas feita louca {as pessoas riram-se}.
Meus amigos, vim para o Paraíso!!!
Quando a reunião acabou apanhamos o autocarro para uma discoteca onde jantamos pizza {feita na hora}, massa, saladas e mais um monte de coisas, além disso deram-nos sangria {tudo de borla}. Conheci um grupo de erasmus Portugueses, e passei a maior parte de noite com eles {é tão fácil falar Português!}, conheci mais erasmus de várias nacionalidades.
oh nilce, andas por aí bebeda e de olhos maquilhados :) (reparei :p)
ResponderEliminarfico contente por estares a "cortir" milhões como se diz por cá:)
é tão bom vir até aqui e sentir todo este (teu) positivismo (torna-se mais fácil "positivar")
como andamos de italianos? trás um para mim :)
beijinho gd (continua assim)<3
Kris
a amizade que nos une continua viva! :) a tua princesa está linda e ela conhece-te, nao sejas parola! alem disso, tens uma vida pela frente com ela! :)
ResponderEliminarisso é brutal! acho que tambem vou fazer erasmus..vou ja ligar a minha joana! :P
vive tudo isso como se nao houvesse amanha! :)
A saudade….
ResponderEliminarSei bem o que estás a sentir, as princesinhas das nossas vidas tem o poder de afundar o nosso caótico coração de um momento para o outro numa profunda melancolia, a angústia essa, instala-se na garganta e as palavras saem trémulas, a medo e não conseguimos controlar as pequenas “pérolas” que contornam o nosso rosto vazio e pálido. Por outro lado tem o dom de despertar todos os nossos sentidos para a vida, com um simples olhar carinhoso cheio de meiguice, não são necessárias as palavras para nos transmitirem força e coragem para seguir em frente:)
Pensa nesta frase que eu pessoalmente adoro: “Não existe o esquecimento total… as pegadas impressas na alma são indestrutíveis.”
As experiências, os conhecimentos que estás a viver são únicos e maravilhosos, se estás aí não é por acaso… e um dia vais entender que Deus tudo faz para a vida com um objectivo.
Um grande *beijinho carinhoso*
Andreia Silva