sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

De regresso à bota (",)

No dia seguinte apanhei boleia com o meu amigo César para o aeroporto. Ele ficou a fazer-me companhia até eu embarcar {não fosse o voo ser cancelado de novo}. Quando vou a passar pelas máquinas que fazem o raio-X ás malas a senhora disse que eu não podia levar a mala comigo pois tinha uma garrafa {abafado} lá dentro {foi um presente de uma amiga}, lá andei eu a correr no aeroporto a pagar extras para despachar a mochila para o porão. Quando dei por mim já estava sentada a olhar pela janela, durante a viagem o avião tremeu um bocadinho, toda a gente sabe que é normal haver turbulência, mas a quem é que não lhe passa pela cabeça que o avião poderá cair? Tentei distrair-me com a música do Mp3, e comecei a pensar que até era uma sensação engraçada {se uma pessoa tivesse a CERTEZA que o avião não iria cair!}.
Quando o avião iniciou a aterragem eu já andava a ver se via alguma coisa branca. Não estava a nevar mas estava muito frio {parecia que estava dentro de um congelador}. Quando sai do avião liguei à minha mãe para dizer que tinha chegado bem, ao desligar o telefone oiço uma voz masculina; “Desculpa mas ouvi a tua conversa. Disseste que vais dormir no aeroporto?” {1º pensamento; MEDO}, era um rapaz Português que vinha ter com um amigo que está de erasmus aqui, acabamos por dormir os dois no aeroporto e fomos juntos para Milão. Apanhei o comboio para Parma, fui a dormir o caminho todo {deja vú}, a Xhoana enviou-me uma mensagem a dizer que me ia buscar à estação {tive direito a “motorista” e tudo}.
Tinha esperança de encontrar Parma revestida de branco, mas só restava alguns montes de gelo.
Quando começo a subir as escadas de casa a porta abre-se, as meninas e os seus namorados estavam à minha espera para me dar as boas vindas {é bom ser emigrante, as pessoas ficam contentes de nos ver :)}.

No dia seguinte eram os anos da Anita {que vive comigo}, como tal fizemos uma jantarada na casa da sua prima;

A prima da Anita vive com uma brasileira {para eu praticar o Portugês}.


Sabem como sou com o afecto.


Duas amigas da Anita perguntaram-me de que parte de Itália eu era, disse-lhes que era de Portugal, elas disseram que eu falava bem Italiano e que parecia que eu era do Sul de Itália, isto porque; só me ouviram dizer umas palavras, estavam tão bêbedas que quase não conseguiam manter os olhos abertos e com os olhos pintados e cabelo esticado posso assemelhar-me a uma Italiana.


Eu agradeci, um elogio fica sempre bem {mesmo que a pessoa esteja num estdado que não saiba o caminho para casa}.

Uns dias depois fui com a Alma, a Xhoana e o Francesco ao karaoke no XXL

Disseram-me para experimentar uma bebida.
Como gosto de experimentar coisas...
E confio nos outros.
Bebi o belo do copo de Tequila com sal e limão. E jurei para nunca mais!!! Estava tão desejosa de ver neve, que quando encontrava um montinho de gelo saltava-lhe para cima para brincar {posso sempre dizer que em Portugal é normal as pessoas de 26 anos fazerem este tipo de coisas}. Antes de irmos para casa passamos pela fábrica de bolos, desta vez estava aberta e comemos uns belos corassans quentinhos.

Todos os dias quando acordava esperava encontrar tudo branquinho, o pessoal cá de casa já nem me podia ouvir a perguntar pela neve {dizem que a neve é bonita mas não na cidade}. Houve um dia que começou a cair algo branco, como se fosse caspa {olhem que bonito}, eu fiquei eufórica a pensar que estava a nevar, mas o pessoal cá de casa disse que não era neve, e deram-lhe outro nome qualquer, mesmo não sendo neve eu achava giríssimo, nos carros dava um efeito como o spray que compramos no Natal para fingir que é neve.
Enquanto a neve não chegava fui experimentando novos sabores;

Vi este queijo e fiquei curiosa.

Abre-se

E lá dentro há queijo amanteigado, a parte de fora também é queijo e por isso come-se tudo {que te parece Sylvie?} .

A tarte da Xhoana {é tão bom viver com uma chef de cozinha}.

Na bota também há exames, como tal fica bem dedicar algum tempo aos estudos.

Até que num desses dias de estudo, estava a Xhoana e explicar-me uma coisa, quando de repente pára a olhar para a janela e diz ”Está a nevar!”
Como podem imaginar fui para a rua mesmo de pijama, a neve era tão subtil que mal caia derretia.
Quando acordei no dia seguinte estava tudo branquinho, e como estava um bonito dia de sol vesti-me e fui passear.



Nem a minha bicicleta escapou.

Esta árvore está perto da minha casa, gosto dela pois dá a sensação que são dois troncos entrelaçados {como se estivessem a dar um abraço}.

O peso da neve fez a arvore curvar-se.

Pilota;


{Durante o meu passeio fui deixando várias marcas}

Parque Ducale;



Para verem o quanto era macia a neve; o sol começou a derreter a neve das árvores, e as gotinhas que caíam no chão faziam estes buraquinhos.




Não resisti... Tive que fazer um
Boneco de neve :).
Mãe, o meu chapéu é creme, não está "encardido" {a neve é pior que a "prova do algodão}.

Mesmo ao lado do lago do Parque Ducale {ainda bem que a policia não apareceu}.


(",)


Quando cheguei a casa a Xhoana tina preparado uma deliciosa sopinha quente.
Estou de volta, e vou continuar de máquina em punho para vos mostrar tudo o que se passa na bota.
Bem... Tudo tudo não ;p.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Férias de Natal

Atravesso a porta, os meus olhos percorreram a multidão que se encontra à minha frente, mas não reconheço ninguém {em que porta é que a minha família está à minha espera?}, começo a andar lentamente sempre com a cabeça no ar, até que vejo uma cara conhecida; o namorado da minha amiga Tânia, o meu primeiro pensamento foi “Mas o que raio está ele aqui a fazer?!” Até que vejo ao lado dele a minha amiga Tânia, o meu mano e o meu pai, depois vi a minha mãe aproximar-se com a minha sobrinha. Quando vim para Itália a minha piolha tinha aprendido à pouco tempo a dizer a palavra “Tia”, quando ela me viu sorriu e disse “A minha tia!” um belo momento que quase me custou umas lagrimazitas.
Quando cheguei a casa tinha uma festa surpresa à minha espera {obrigada mano}. Não poderia ter tido uma recepção melhor; família, amigos, comida, bebida e a deliciosa sopa da mãe.

Na segunda fui para Coimbra; ritmo cardíaco acelerado, estômago estranho e mãos a suar {não fui a correr, fui de autocarro, mas o ser humano ás vezes é estranho}.
A Inês foi buscar-me à rodoviária para me ajudar no percurso até casa, confesso que ainda me sentia estranha, parece que estava noutro planeta {coisa que não é assim tão rara em mim quanto isso}, mas aos poucos e poucos começei a sentir-me em casa :).

Ceia de natal das irmãs

:)

E o que nunca sai de moda oferecer;

Cuecas
De todos os tipos :p.

Estamos abastecidas irmãs.
Foto de família.
Afecto
Ceia de Natal nas Cucas;

A Inês com o belo do peru {levou tantos dias a condimenta-lo que ganhou uma certa intimidade com ele, reparem no seu ar destroçado com a serra eléctrica na mão}.

A troca de prendas {eu recebi um jogo muito interessante :p}

As Italianas.

Durante a ceia de Natal os nossos amigos começaram a cantar uma música que aparentemente todos conheciam {menos eu e a Rita que estamos de erasmus em Itália}, foi quando olhamos uma para a outra “Que raio de música é esta?” A Francisca achou fantástico pois devíamos ser das poucas pessoas em Portugal que ainda não tínhamos ouvido a bela da música do Pingo Doce {mas não foi por muito tempo…}.

A matar saudades...

Natal em família;

Mano e piolha

Avó Tátá, piolha e Tia Nini

Passagem de ano em Vila do Conde;

Um belo terraço com uma vista espantosa.


No inicio do ano novo;
Umas horas depois;
{o ser humano tem a capacidade de se "transformar" no decorrer da noite...}

Ana Isabel; O whisky acabou.
Sara; Não!!!!!!!!!!!!!
Concerto Pintarolas;


Os manos :).

Estão a ver como as saudades fazem bem :).

Estive um mês em Portugal; as primeiras duas semanas as pessoas estiveram a “matar saudades”, nas duas últimas semanas já estavam a “despedir-se”, e assim fui mimada durante todo o tempo :).

No dia antes de vir tirei uma tarde para ser tia.

Foi bom estar ai, tão bom que houve momentos em que tive vontade de não ir embora, mas depois pensei que também era feliz aqui, como tal foi com um sorriso nos lábios que agarrei na minha big mala e fui para o aeroporto, e foi com um sorriso também que liguei à minha mãe ao fim da tarde e disse; “Mãe que jantamos hoje?”, o voo tinha sido cancelado.

Até já :)