1º dia de lezione

Como a Roberta estava com medo que eu me perdesse {até parece que ela já sabe o que a casa gasta}, disse que me levava ao local onde eu ia ter a minha primeira aula. Como estava a chover fomos as duas de autocarro, ela pelo caminho explicou-me várias vezes qual era a porta que eu tinha que entrar, pois ela não iria sair na mesma paragem porque ia estudar para a biblioteca. Quando entrei no edifício só vi um rapaz e uma rapariga que iam a sair, e então lá tentei perguntar onde era a sala, quando me estavam a explicar ouviu-se um trovão que parecia que o mundo ia acabar {e trovões é algo que não me agrada seja aqui ou na China}, por isso foi inevitável não ter dado um salto bem grande e ficar encolhida rente ao chão {obviamente que me desculpei logo dizendo que em Portugal os trovões não eram assim}. O edifício parece que está em obras, deve de ser por ser um edifício histórico, dirigi-me à secretaria e foi quando me deram a bela noticia que o horário estava mal e que aquela cadeira só iria ser dada no segundo semestre.

Parque Pilota, onde os estudantes se encontram tanto de dia como à noite. O edifício que se vê é onde irei ter aulas de cinema no próximo semestre.

A aula da tarde é no Parque Ducale, e eu já sabia mais ao menos qual era o caminho pois a Roberta tinha-me explicado. Encontrei o Parque, posso dizer-vos que é um lugar lindíssimo {mágico}, mas como é consideravelmente grande foi um pouco complicado encontrar o sítio da aula, mas como “Quem tem boca vai a Roma”, consegui chegar a tempo.
Cheguei a tempo mas não entendi quase nada. Ok que o Italiano é parecido com o Português mas quando se trata de linguagem especifica as parecenças são poucas ou nenhumas!! A cadeira chama-se qualquer coisa do tipo “Legislação de bens culturais”, e só se fala em leis e artigos, portanto como podem imaginar nessa altura o Italiano assemelha-se mais a Chinês que a Português. Achei curioso porque todos os alunos aqui tiram apontamentos nas aulas {coisa que no meu curso em Coimbra não acontece}, como podem imaginar foi inevitável a professora não olhar de vez enquanto para mim {enquanto eu travava uma luta interior de quebra-cabeças para entender uma simples frase}. No final da aula falei com a professora e disse-lhe que era de Erasmus {como se não se visse logo}, ela disse-me que entendia que fosse complicado para mim, e como estudante de erasmus só faço uma parte da matéria no exame, eu agradeci com ar humilde {mas só me apetecia dar saltos de alegria!}.

Parque Ducale onde é a minha aula;

Entrada.

O senhor que está do lado esquerdo tem um instrumento que faz o contrário dos aspiradores, deita ar para tirarem as folhas da estrada do Parque {esta cidade é muito chique}.

(Cheguei primeiro que o senhor.)

Antigamente o Parque era o jardim da Rainha, e esta era a sua casa.

O teatro do Parque.

O lago do Parque.

A ilha do lago.

No dia seguinte desorientei-me com as horas e atrasei-me, por isso tive que ir com um passo acelerado, já estava dentro do parque quase a chegar ao local da aula quando pude abrandar o passo pois a professora passou por mim… de bicicleta.

Não resisti em tirar-lhe uma fotografia :p.

Esta semana desorientei-me de novo com as horas {posso sempre dizer que é do fuso horário, não?}, quando pensei que em vez de ir com um passo acelerado teria que ir a correr, a Joana {que vive comigo} disse que também ia ter uma aula e que eu poderia ir com ela, de mota!

Mas agora já não preciso correr. Basta-me; antes de sair de casa carregar num botão para abrir o portão automático {chique não?}, ligar o MP3 e lá vou eu no "meu" maquinão;

E que sensação boa é ir de bicicleta para a faculdade a ouvir música, numa cidade que tem vias para bicicletas e que não tem subidas :p.