Parma pelos olhos da Francisca;
Graças à Francisca fiquei a saber que quase todas as senhoras usavam casacos de pele. As nossas montras também não passaram despercebidas à Francisca :p.
Temos estes contentores em casa para fazer reciclagem e uma vez por semana vem uns senhores despeja-los {gente chique é outra coisa}.
Uno pizziaiolo a lavorare.
O Parque Ducale no Inverno.
Uma espécie de praxe aos finalistas;
“Esta carta é para ti; estás oficialmente desempregada.”
“E depois de tanto sacrifício; bem vinda ao mundo do desemprego!!!
Como queria que a Francisca provasse algo bom…
Pedi à Xhoana para fazer uma torta de chocolate
Vai uma dentadinha?
Esta é para nós :p.
Pela primeira vez consegui tirar uma foto depois da tarte sair do forno, normalmente só me lembro quando só restam migalhas…
A coelhinha da Xhoana.
A Francisca a dar umas lições de malabares a uma Albanesa e a um italiano.
A porta do meu quarto “aos olhos” da Francisca.
Como o voo da Francisca era ás 6.30 da manhã não havia transportes como tal fomos na véspera e aproveitamos para passar o dia em Milão.
Este senhor sentou-se à nossa frente no comboio, era tão fofinho que parecia o pai do Pinóquio, mas durante a viagem revelou-se o anão resmungão.
Quando saímos no metro do Duomo deparamo-nos com umas escadas especiais {que se não fosse a Francisca eu nem dava por elas}.
Os degraus foram transformados em teclas de piano e conforme os pisávamos tocávamos música {escusado é dizer que acabamos por subir e descer várias vezes na tentativa de tocar algo agradável aos ouvidos}.
Duomo
Galeria Vittorio Emanuele II – é uma moderna estrutura em vidro e é a galeria mais chique de Milão, com muitas lojas elegantes {onde tudo custa um balúrdio}.
O tecto no centro das galerias.
Reparem na foto em baixo com o preço destes produtos.
Não vejo grande diferença entre este colar e um dos chineses... {só o facto de com o dinheiro que gastava a comprar este comprava meia loja dos chineses}.
Quando íamos à procura dum local para fazer o aperitivo vimos esta estrutura que nos chamou a atenção.
Esta menina estava à entrada e disse para entrarmos {e como estava a chover achamos uma óptima ideia}.
Encontramos uma decoração psicadélica
Com um cientista que precisa de ajuda
de “due bambini” para colocar este aparelho estranho a trabalhar,como tal
Ai estou eu!!!
Cumprimentei o meu “adversário”.
E dei aos pedais {pedalei tanto que criei luz}.
E depois de alguns minutos a pedalar criamos confetis!!!
A Francisca agarrou no seu pacote de confetis e despejou-o em cima de mim “É para a fotografia Nilce!”
{Entusiasmaste-te tanto que por uma semana encontrei confetis na mala, no bolso das calças, dentro dos ténis, no chão do quarto, por todo lado havia recordações coloridas tuas J}.
J
Lembram-se da caca de cão onde a Francisca pôs a mão? Como não ficava bem levar a caca consigo, ela decidiu levar o lenço onde limpou a mão como amuleto da sorte, é aquela coisa branca que está na mochila {Francisca quem te dá sorte sou eu e não a caca...}.
E lá está ela com o bilhete no ar, foi só um pulinho para ela chegar... e outro para partir.
By Francisca Mil-Homens Bicho;
"introdução de nova personagem (didascálica) que chega descalça e em bicos dos pés à cena e enquanto simula um grande bocejo de sono diz:
E pela primeira vez, o carnaval fez sentido!!!
Claro que antes disso a nilcezinha esqueceu-se de mim, deixou-me só a apanhar autocarros para milao, metendo cocós pelo meio (que abençoaram a historia no final), comboios para parma e portugueses ao lado a chamar-me fritalhona com total descontracção, até perceberem que partilhamos a mesma língua. Ja em Parma saio do comboio olho para um lado e para o outro e... nada! Enganei-me na paragem pensei eu, mas... a miuda é pequena mas acaba por se descobrir. La estava ela, debaixo de mil camdadas de casacos, cara tapada pela sua boininha branca mas, as orelhas, essas sim, de fora. Não havia duvidas. Era ela.
De resto aposto que a nilce ja explicou tudo em cima, desde os episódios com o grande paulo de grandis e os seus champanhes, às boleias dos policias, aos belíssimos e aos fanculos, aos crepes de nutella e às pastas mil, às happy-hours e os seus vinhos fortíssimos, aos pré-vomitos (se n explicas-te esta, fizes-te bem!), às tartes da xhoana, aos abracinhos da alma, às canas do francesco, ao cabelo da anita, à frida kahlo da roberta e ao sorrisinho desta minha amiga nilce, que apesar de ter sempre uns braços pequeninos tem sempre uns abraços muito grandes, para me receber. Espero-te cá. E a eles todos também.
Beijo, baci, beijo."
A Nilcezinha tem memória de peixinho mas não se esqueceu de ti, eu bem perguntei se querias que te fosse buscar ao aeroporto, mas tu como gostas de aventuras disseste que não era preciso e como tal expliquei-te pormenorizadamente como chegares até mim, mas bastou falar um pouco contigo ao telefone depois de aterrares para me aperceber que estavas a borrar-te de medo {ai e tal gosto tanto de aventuras}. Para ajudar à festa vieste com bateria no telemóvel suficiente para fazeres uma chamada {esperta} e depois a culpa é da Nilce, o que vale é que há algo que não muda, tanto aqui como na China; as minhas orelhas!!! E assim foi fácil chegares a mim {resulta melhor do que um GPS}.
Era uma vez...
Antes de ir para Coimbra já sabia o teu nome, chamou-me a atenção quando o vi na lista dos que tinham entrado na primeira fase; Francisca Vinagre Mil-Homens Bicho {a quem não chama a atenção?}. A Marise tinha entrado na primeira fase em Portalegre para a mesma turma que a tua amiga Joana {o mundo é uma ervilha}, por isso na primeira aula tive atenta para ver quem era a Francisca, quando a aula terminou fui ter contigo; "Olá, és tu a Francisca?", ficaste surpreendida, falei-te da tua amiga Joana, riste {histericamente}, "Como pode ser?!?" e depois riste novamente e novamente de forma histérica disseste; "Tens uns ténis iguais aos meus!!!" {isso não é o mais estranho, mas sim o facto de serem COR-DE-ROSA!!!}.
Vivemos juntas o nosso ano de caloiras com tudo a que isso tem direito e quando o final do ano lectivo estava a chegar disseste que ias trocar de curso, mas como não era só os ténis que tínhamos em comum continuamos a caminhar juntas.
Quantas viagens imaginárias fizemos juntas? Numa mesa de café, no telhado, durante uma aula, enquanto caminhávamos ou víamos um filme. Dar a volta ao mundo ou meter a mochila ás costas e ir à terra já ali ao lado; não importava a distância mas sim a vontade de partir à descoberta de algo novo.
Acompanhaste todo o meu processo de erasmus, não tivesse a ideia ter nascido da tua cabeça. Por vezes não temos noção do quanto as pessoas que estão ao nosso redor podem modificar a nossa vida, e a verdade é que se não fosse aquela conversa eu não estaria onde estou.
Obrigada.
Que bom foi receber-te neste meu mundo, onde uma semana valeu por tantas, como se tivéssemos sido transportadas para uma outra realidade, cheia de cor e magia que por um lado nos encheu por dentro e por outro tornou-nos tão leves que por momentos deixávamos de sentir o chão por baixo dos nossos pés.
4 de Maio de 2007
{Os meus são os mais limpos :p}
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